TEODICÉIA E ANSIEDADE:
POR UMA COMPREENSÃO CRISTÃ À PARTIR DE AGOSTINHO DE HIPONA SOBRE O PROBLEMA DO MAL NO ENFRENTAMENTO À ANSIEDADE
Palavras-chave:
Ansiedade, O Problema do Mal, Psicologia, Teologia, Agostinho de HiponaResumo
A ansiedade sempre esteve presente na história da humanidade, e, na atualidade, os seus efeitos estão cada vez mais acentuados e o número dos que são por ela afetados, aumentam significativamente, principalmente pelas imposições sociais deste tempo. Há diferentes formas e níveis pelos quais a ansiedade atinge o indivíduo, em suas mais diversas áreas, tais como: pessoal, familiar e social. Uma causa muito comum entre os que sofrem de transtorno de ansiedade é a incapacidade de lidar com o caos, com o sofrimento ou qualquer manifestação do que tem sido chamado de mal. A teodiceia se ocupa em trabalhar os atributos de Deus e sua relação com a existência e o problema do mal. Aliás, uma das angústias que afligem o ser humano é a complexidade sobre a origem, a existência, o avanço e as mais diferentes materializações do mal. A complexidade em relacionar a bondade e o poder de Deus com a existência e a realidade do mal, tem atormentado muitas pessoas, mas também motivado pensadores teológicos e filosóficos a trabalharem em elaborações em torno dessa problemática, entretanto, pouquíssimos atingiram o nível de contribuição nessa área como Agostinho Hipona, que viveu no quarto século e que tem sido considerado um dos maiores colaboradores no desenvolvimento da cristandade. A proposta do presente texto é apresentar uma reflexão sobre uma possível contribuição da elaboração teológica-filosófica deste bispo católico sobre o problema do mal aos que sofrem de transtorno de ansiedade, como desdobramento da incapacidade de lidar com as mais variadas formas de sofrimento.